O Natal se aproxima e, com ele, reacende a tradição envolvendo as ervas-de-passarinho

Confira o artigo produzido pela jornalista Kristine Sabillo, do site Mongabay, que cita nosso artigo publicado na Flora em 2024. Aqui eu traduzi parte do texto. A reportagem original completa pode ser acessada neste link: https://news.mongabay.com/short-article/2024/12/from-christmas-trees-to-mistletoe-holiday-plants-facing-threats/

Frutos da erva-de-passarinho Psittacanthus plagiophyllus, na savana amazônica em Alter do Chão, Brasil.

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Ervas-de-passarinho

Em algumas tradições natalinas, quem fica embaixo de uma erva-de-passarinho pendurada deve beijar a pessoa ao lado. Relatos históricos afirmam que a tradição remonta a milhares de anos, quando a erva-de-passarinho simbolizava fertilidade. Ramos da erva-de-passarinho, geralmente da espécie americana Phoradendron leucarpum , com seus frutos brancos, tornaram-se um elemento essencial do Natal. [NOTA: A Sabine cita essa espécie, mas a tradição original é europeia, com a erva-de-passarinho Viscum album].

A erva-de-passaarinho é uma planta parasita, com mais de 1.300 espécies, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). No entanto, um estudo publicado recentemente contabiliza 58 espécies de visco como globalmente ameaçadas. Uma espécie, o visco-de-adams (Trilepidea adamsii), da Nova Zelândia, está documentada como extinta.

Das espécies ameaçadas, 67% encontram-se em África. A destruição do habitat devido à agricultura, ao desenvolvimento residencial e comercial, bem como à exploração madeireira, são apontadas como as principais razões para a perda do visco e o declínio dos polinizadores e dispersores de sementes dessas plantas.

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Referência citada

Fadini, R. F., Caires, C. S., Dettke, G. A., Menezes, M. O., & Fonturbel, F. E. (2024). Conservation opportunities for rare and endemic tropical mistletoes. Flora, 317, 152555.